Avó em tempo de Pandemia - Formação - Comunidade Católica Arca da Aliança
 
 
Comunidade Católica Arca da Aliança
BRA
USA
Formação
26.Jul - Avó em tempo de Pandemia
Aumentar Fonte +
Diminuir Fonte -
Avó em tempo de Pandemia


Avó em tempo de Pandemia


 


Como construir e manter vínculos afetivos entre avós e netos em tempo de isolamento social?


Como lidar com os sentimentos de amor incondicional dos avós com seus netos?


O que fazer com a ausência de pessoas com as quais podem resignificar sua vida?


Os netos são a consolidação de uma vida vivida com dedicação, são a esperança de que tudo deu certo mesmo sabendo de que não foi como gostaríamos.


Quando meus filhos eram pequenos e jovens não tinha ideia do que seria ser avó, mesmo porque enquanto mãe minhas preocupações eram outras. O tempo vai passando, as funções vão fazendo você mudar de lugar na vida dos filhos e assumir outros, e uma das funções mais belas e completas da vida do ser humano é ser avó.


Mas como exercer esta função hoje, em meio a esta pandemia, em que os idosos, seja por consciência ou não precisam estar “enclausurados” dentro de suas próprias casas.


Sempre fui uma avó muito participativa e atuante na vida das minhas netas, brincadeiras, passeios fizeram parte do meu relacionamento com elas. Nunca fui uma avó de estar na frente do fogão cozinhando como muitas avós no estilo tradicional, minha maneira de ser avó sempre foi mais de participar, estar junto.


Hoje tenho parado para refletir, sobre como estar presente na vida delas sem poder tê-las por perto. Falamos por telefone, vídeo chamadas, parece que nada satisfaz. O sentimento de tristeza é grande e a saudade maior ainda. Fico pensando como minhas netas irão lembrar de mim? Qual a experiência que irão ter quando crescerem?


O tempo está passando elas estão crescendo e desbravando novos caminhos, nova forma de viver. E nós idosos estamos apenas vendo o tempo passar sem poder fazer nada. Esse tipo de sentimento é desgastante para os avós. Mas será que realmente precisamos nós avós e idosos ficar presos a estes sentimentos de derrota frente a vida? Quantas “pandemias” já passamos durante nossa existência, pandemias de dificuldades emocionais, afetivas, financeiras ou de relacionamentos.


Toda dificuldade é uma forma de encontrar novos caminhos. Estou descobrindo neste tempo que preciso reformular meu jeito de ser avó, me fazendo presente de forma diferente na vida das minhas netas. Hoje venho percebendo que não sou mais aquela pessoa de alguns meses atrás que tinha uma rotina bem estruturada e que tudo caminhava de acordo com o que era pensado.


Meu amor pelas minhas netas jamais vai mudar. Pela dificuldade que temos vivido, pela distância estamos descobrindo que nos amamos ainda mais. Sentimos falta umas das outras, saudades, temos mais novidades para partilhar. Estamos muito mais próximas do que antes. Sinto que estou me tornando uma vó segundo o tempo que estamos vivendo.


Porém, hoje percebo que preciso me atualizar e acompanhar os caminhos que somos obrigados a percorrer. Tenho pensado muito no que perdi, na forma que vivia, mas não para voltar ou tentar resgatar o que já passou, e sim para avaliar o que aprendi e então poder atualizar e encontrar um jeito de enfrentar a vida.


O ser humano está em constante movimento, e por isso não podemos ficar parados no que já ficou para trás. Esperar que a “pandemia” passe na esperança de que tudo irá voltar como era antes é deixar de viver o hoje e aproveitar a vida e principalmente o meu ser avó.


Nada mais será como outrora. Morro de saudades das minhas netas, não sei como será amanhã, procuro viver, falar, participar da vida delas com as ferramentas que tenho hoje, porque só tenho hoje para viver.


Desejo ardentemente resignificar o hoje para proporcionar as minhas netas o direito de conviver comigo, permitindo que possam ter a oportunidade de escolher viver melhor sem mágoas do passado. Percebo que preciso me atualizar com as ferramentas que o tempo oferece, buscar aprender a lidar com as redes sociais, para conseguir me comunicar e fazer parte do mundo que agora está sendo construindo.


Não precisamos aceitar as condições que se apresentam, mas temos que pelo menos tentar nos adequar a elas. Penso que ninguém está feliz ou se sentindo confortável com tanta mudança, mas nada disso deve impedir o ser humano de se sentir pleno em suas realizações. Ter fé é acreditar que somos capazes de nos adaptar a qualquer tempo em qualquer lugar, desde que possamos amar.


 


Psicóloga Maria Lucia Lehm



Indique a um amigo
 
Receba em seu e-mail as novidades da Comunidade
 
Acompanhe nossas redes sociais
 
 
CLIQUE AQUI
E SAIBA COMO AJUDAR!
   
  • 96%

    META MENSAL

    Blumenau
  • 71%

    META MENSAL

    Joinville- SC
  • 82%

    META MENSAL

    Paulo Afonso

Copyright © 2024 Comunidade Católica Arca da Aliança. Todos os direitos reservados.
Navegando no site você aceite a nossa política de privacidade.

As configurações de cookies neste site são definidas para que possamos dar-lhe a melhor experiência enquanto estiver aqui. Se desejar, você pode alterar as configurações de cookies a qualquer momento em seu navegador. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.

Política de Privacidade
Aceitar e continuar
Seja um doador
  • R$
    20,00
  • R$
    50,00
  • R$
    100,00
  • R$
    ,00
 
 
CARTÃO DE CRÉDITO
BOLETO
PIX
Dados PIX para Paulo Afonso em breve
Dados PIX para Blumenau l Chave de acesso: 47991866577
Dados PIX para Joinville l Chave de acesso: 47996440089

Preencha os campos abaixo e pague com o cartão de crédito

0123 4567 8910 1112 ANTONIO BANDEIRA Nome do Titular Vencimento Número do Cartão 01/23 MÊS ANO
985 Segurança Antonio Bandeira