Com certeza não se trata de uma receita de bolo...
Domingo pela manhã fiz uma experiência fortíssima do amor de Deus. Através de algo muito simples... através de um bolo de puba.
Eu estava sozinha em casa, pois era meu dia de retiro pessoal (dia de silêncio e oração... deserto).
Tomando café, e já ali, me colocava em diálogo, com Deus, e comigo mesma, fazendo perguntas, quanto a minha lentidão, a falta de firmeza, coisas que inquietam e angustiam o coração, pois, com certeza, já queria ter vencido tudo!
De repente ouço a campainha tocar... fui até a frente de casa e vejo nosso amigo que, todos os fins de semanas (é sagrado), doa frutas, queijo e até bolo (providência de Deus que passa pelos corações). Ele já faz isso a um tempo, e cada vez ficamos muito gratos por este gesto tão lindo.
Recebi as doações daquele irmão que quase nada me falou... cheguei na cozinha e já fui abrindo as sacolas. Tinha muitas frutas, queijo coalho... e qual não foi a minha surpresa, quando vi na outra sacola... um pedaço generoso de bolo de puba!!! (Bolo delicioso, fofinho, típico da Bahia, que conheci só aqui. Puba é uma massa extraída da mandioca).
Nossaaaa! Não consegui segurar as lágrimas, pois naquele momento Deus falou comigo!
Bom... ninguém sabia... somente eu e Aquele, que conhece até nossos desejos de criança, sabia... que já a um bom tempo, lá na feira, eu cantava um pedacinho de bolo de puba... só Ele sabia...
Quando olhei aquele bolo, era como se Deus tivesse vindo tomar café comigo e dissesse: -Viu como EU TE AMO!? Trouxe teu bolo preferido. Eu te conheço filha e sei de tuas fraquezas, mas, sobretudo, Sou teu pai, e te alimento. Sacio até tuas vontades de criança!
Tudo isto me trouxe à lembrança outra recordação, de quando eu ainda morava com meus pais. Todos os fins de semana meu pai ia à verdureira e comprava frutas e cuca (bolo típico alemão). Dei-me conta de como Deus, no seu amor, sempre esteve de forma simples e completa na minha vida. Veio disfarçado, como pai, trazendo frutas e bolo, inúmeras vezes, independente se naquele momento eu estava sendo uma filha exemplar. Compreendi que Ele me ama simplesmente porque é pai e eu sou filha!
Cibele C. Hostim – Missionária Consagrada da Arca da Aliança
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