Convido você a elevar o olhar sobre este dia dos namorados... Que seja um “doze de junho” para quem namora, mas também para quem espera e para quem precisa curar o coração e virar a página com Jesus para então assumir os planos de Deus, que são sonhos de amor.
Você que já está namorando, viva tudo com profundidade, peça ao Senhor a graça de fugir da superfície. Você que espera, cultive o anseio mais verdadeiro do seu coração e o entregue a Jesus. Esteja sempre atento aos sinais Dele, como também ao tempo de colher os frutos da espera. E você, que já passou por outros namoros, e até reconhece que em sua história existem marcas que o impedem de estar livre para amar, não tenha medo de oferecer este dia, estando unicamente unido a Jesus, para ser curado por um amor maior, amor que supera qualquer sentimento humano.
E para qualquer pessoa é interessante refletir que o dia dos namorados só acontece na vida de um homem e de uma mulher quando estes decidem trilhar um dia de cada vez. O livro do Eclesiastes 3,11 diz que “As coisas que Deus fez são boas à seu tempo”. E acredito que Ele pensou o namoro como este tempo essencial, como a base de uma escolha definitiva.
No namoro os corações se despertam e se abrem para amar, acolhem desafios, passam por fases, provas de fogo que purificam as intenções e os sentimentos. É no namoro que se chega à decisão do sim ou do não, do quero ou do não quero, tudo isso se existe liberdade, respeito e zelo por este outro coração que é “solo sagrado, do qual é preciso tirar as sandálias dos pés para entrar” (cf. Ex3,5).
É através da intimidade com Deus na oração pessoal e juntos que se vai descobrindo o que precisa viver a cada dia. Tudo deve ser entrelaçado de uma amizade verdadeira, que faz com que os pés estejam no chão e que o coração esteja livre para conhecer o outro e dar-se a conhecer. Verdades escondidas, a história, os ideais...
É o tempo de identificar as diferenças, de perceber se elas podem ser transformadas em complementos na vida do outro e não meramente obstáculos. O namoro faz descobrir o amor de verdade, que é aquele que, mesmo nas diferenças e nos desafios, se faz a opção de não desistir, mas de assumir a pessoa amada por inteiro, com o que é bom e com o que não é tão bom, sabendo que quando o amor é mais forte “ele tudo suporta, espera, perdoa, crê... e jamais acaba” (I Cor. 13). E está é uma decisão pessoal.
O verdadeiro amor se revela especialmente pela vivência da castidade, que é a pureza, que é a busca do amor íntegro, inteiro, de uma entrega não somente do corpo, mas primeiramente da alma, do coração, da pessoa em si. É um tempo de espera, e os namorados vão fazendo a experiência de ir conhecendo algo muito mais belo e importante: o interior, os gostos, os pensamentos, os medos, as superações do outro. Tudo isso é uma base sólida para o futuro.
Namoro é assim, um dia após o outro, para um dia que não terá fim, de verdade!
Cibele Cristine Hostin - Consagrada Missionária Arca da Aliança
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