Educação Ambiental
Alterações ambientais físicas e biológicas ao longo do tempo modificam a paisagem e comprometem ecossistemas. As alterações ambientais ocorrem por inumeráveis causas, muitas denominadas naturais e outras de intervenções do homem, consideradas não naturais.
Nos dois últimos séculos o planeta Terra vem passando por rápidas transformações sociais, culturais e ambientais. Os avanços científicos e tecnológicos permitem ao ser humano empreender um alto ritmo de produção de bens e serviços, requerendo cada vez mais recursos naturais. Na base desta dinâmica pode-se encontrar uma visão de crescimento ilimitado e de inesgotabilidade dos recursos naturais, o que provoca um ritmo altamente predatório e degradante da natureza, originando uma série de problemas socioambientais, tais como a poluição de rios, mar e ar, o desmatamento, a extinção de inúmeras espécies animais e vegetais. Tais problemas, anteriormente vistos apenas como ambientais, principalmente na segunda metade do século XX, adquiriram o status de problemas socioambientais; isto porque se observou que os mesmos atingem, além das outras espécies animais e vegetais, também a própria espécie humana.
A postura da atual sociedade, convivendo com o estabelecimento de padrões de consumo e utilização crescente de produtos com menores ciclos de vida e de embalagens descartáveis, tem produzido uma quantidade enorme de lixo. A relação crescente entre as substâncias dos sistemas produtivos diversos, o uso ampliado dos recursos naturais e produção aumentada de lixo tem provocado transformações preocupantes no espaço geográfico do planeta.
As transformações que nosso planeta passa atualmente são reforçadas diante da incapacidade da própria natureza em se reproduzir de forma tão rápida quanto a velocidade de sua exploração, o que impede a absorção dos resíduos gerados pelas sociedades, em escala global.
Vários são os impactos ambientais negativos que podem ser originados a partir da ação do homem no ambiente, e a produção e destinação do lixo ganha destaque neste cenário. Entre os efeitos prejudiciais percebidos a partir do lixo urbano produzido estão os efeitos decorrentes da prática do descarte inadequado de resíduos sólidos em fundos de vale, às margens de ruas ou cursos d’água. Essas práticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminação da água, assoreamento, enchentes, proliferação de vetores transmissores de doenças, tais como cães, gatos, ratos, baratas, moscas, vermes, entre outros. Além disso, ainda a poluição visual, o mau cheiro e a contaminação do ambiente.
Assim, a Educação Ambiental é um processo de construção da relação humana com o ambiente onde os princípios da responsabilidade, da autonomia, da democracia, entre outros, estão sempre presentes. Dessa forma, a Educação Ambiental busca, em sua ação humanizadora, a construção de uma prática social e uma ética ambiental que redefinam as relações dos homens com o ambiente em que vivem.
Dessa forma, uma das maneiras de desacelerar a interferência negativa da ação do homem no ambiente vai de encontro com ações que potencializem a educação e gestão ambiental, desenvolvendo o senso de coletividade, bem como o combate ao desperdício, além do incentivo à coleta seletiva, proporcionando uma melhor eficiência dos processos de reciclagem e reutilização de materiais.
Além das questões ambientais, a prática regular de atividades físicas também influência na saúde humana. A prática regular de atividade física demonstra uma relação inversa com enfermidades cardíacas e tem um efeito positivo na qualidade de vida e em outras variáveis psicológicas, sendo que estas últimas possuem uma associação importante com o nível de atividade física.
Porém, a grande maioria das pessoas, ainda entende o meio ambiente apenas como o meio exterior, bem distante do meio urbano onde vive a maior parte da população brasileira. Não há a compreensão de que o próprio corpo e todos os lugares e espaços nos quais estão inseridos, também são meio ambiente - e a preservação destes, o respeito com o próximo, a cooperação, dignidade, compreensão consigo e com o próximo, são partes de um processo que pode resultar em maior respeito à Natureza e ao meio ambiente.
Portanto, precisamos entender que não ‘temos’ um corpo, mas ‘somos’ um corpo; precisamos compreender que a natureza não está apenas no meio exterior e podemos fazer o que quisermos com ela: somos natureza e sem a água, o ar, a terra, a cooperação, o respeito, a paz, a dignidade, os mantimentos, a luz, dentre outros, não existimos, afinal nosso corpo é a união de todos estes.
Janaína Grazyelly Ramos Souza Pinheiro Loos
Missionária Consagrada Arca da Aliança
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