As mãos tem um sentido simbólico e belo em várias formas. Não foram feitas somente para pegar objetos ou fazer coisas. Sua simbologia tem o dom de transcender e ir além do que nossos olhos enxergam.
Como mulher, esposa e mãe, percebo isso no cotidiano. Quando a mulher está com o coração aberto e disponível a prover a doçura no seu lar, tudo o que ela toca, fecunda. Seja nas plantas, no preparo dos alimentos, no lençol esticado na cama, no acolhimento ao esposo, na amabilidade com os filhos.
Ver um filho com febre, e antes de recorrer aos remédios (necessários muitas vezes), tocar e perceber o que está por trás dos 38 graus. O que está vivendo, quais foram os últimos acontecimentos.
Não é à toa que os chás, desde sempre, fazem sua diferença. Talvez não seja só a sabedoria para as plantas (algo que precisamos resgatar), mas uma alma aberta a curar. Uma mão que prepara que empenha amor. Aquela canja preparada em uma forte gripe, junto com os nutrientes necessários, esconde o carinho daquele que a faz.
Não muito raro, perceber nos pequenos que, assim que caem ou batem, vêm para que beijemos o machucado e passemos a mão. A criança vê na mãe essa possibilidade e acredita na sua capacidade de cura.
Abençoar nossa casa, estender a mão sobre a fronte de nossos filhos, abraçar o esposo e confiar que aqueles que estão sobre nosso cuidado, podem sim, receber de nós o amor que vem de Deus.
Priscila Schofer Ramos Duarte – Esposa, Mãe, Missionária Consagrada da Comunidade Arca da Aliança.
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