Nestes dias do tempo comum, passado a solenidade de pentecostes onde a igreja nos propõe a aprender com Jesus, no ordinário da vida, temos ouvido do próprio mestre e Senhor que Ele mesmo não veio para abolir a lei, mas veio para levá-la a perfeição, ou seja, nos ensinar a vivê-la com Amor, tanto é que o próprio Senhor reduziu todas as centenas de leis guardadas pelo povo em apenas duas: AMOR a Deus e AMOR ao próximo: “ Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito (Dt 6,5). Esse é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). Nesses dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22, 37 - 40).
Nesse pedido do Senhor que me detenho agora, “o chamado de viver o amor”.
Toda vocação tem seu início e fim no amor. Muitos homens e mulheres encontraram uma forma de viver esse amor tão ensinado por Jesus e uma das multiformas de se aventurar nessa, também resposta de amor, é o namoro.
Hoje, graças a fé que encontro em muitos corações jovens sedentos pela santidade, vejo com meus próprios olhos como existem, sim, uma busca por um “AMOR DE VERDADE”, e agradeço a Deus que muitos desses são meus amigos e irmãos de comunidade. Ao vê-los é fácil perceber uma alegria pura, juntamente com um grande desejo de testemunhar como amam e são amados. Lembro aqui de um irmão que dividimos um quarto durante um ano que moramos juntos na comunidade, na missão da Bahia, sendo que sua namorada também ofertava um ano de missão só que em Joinville, recordo de como ele partilhava dela, lembro-me dele testemunhando as graças que Deus estava derramando sobre eles nesse tempo de distância, e eu percebia que era natural no seu jeito de falar, um amor que transbordava do seu ser. Ah, antes que eu me esqueça, hoje eles são casados e vivem como missionários na comunidade Arca da Aliança.
Conheço também um outro casal de namorados, cujo caminhos foram todos meticulosamente pensados por Deus, uma história de espera, silêncio e oração. O Senhor os conduziu como em uma dança, um passo para cá e dois para lá. Era essa a impressão. Parecia que eles davam um passo para perto e dois para longe. Mas não se lembravam que o amor tudo espera e tudo crê. Quantas vezes a esperança quis abandoná-los, porém o Senhor, como o melhor oleiro, estava a modelar seus corações, para que no tempo certo pudessem usufruir do vaso, colocando ali a semente do amor que seus corações tanto queriam plantar. Esse casal somos nós, eu e minha namorada, Denise Cristina Hoefle, também missionária da comunidade, vivendo esse lindo tempo, onde ofertamos nosso amor ao Senhor, que nos amou primeiro, e ofertamos, na missão, desejosos de testemunhar as maravilhas realizadas por Deus em nós. E a cada dia buscamos ser um para o outro, presença do amor de Deus, como diz a intercessora do nosso namoro, Santa Teresinha: “Amar não é bastante, é preciso prová-lo”, esse é o nosso chamado!
Carlos E. Richter – Missionário e membro comprometido Arca da Aliança
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