Esta expressão é tirada do clássico e profundo diálogo de Moisés com Deus na figura da sarça ardente. Moisés pastoreava o rebanho de seu sogro, e um dia vai um pouco além, além do deserto, do deserto de sua própria história, das suas limitações e chega a Montanha de Deus, ouve o Senhor e o vê na figura da sarça. Ir a esse lugar que é santo, determinou sua verdadeira identidade e missão.
Se observarmos nosso documento de identificação mais comum, que é nosso RG, nele consta nosso nome, nossa filiação, data de nascimento e também nossa naturalidade, porque o lugar de onde somos também determina nossa identidade. Encontrar um lugar, estar no lugar certo, pertencer a um lugar, um grupo, determina, constrói nossa identidade, e é por isso que devemos nos questionar, sobre onde nós temos andado, que lugares temos frequentado, porque estes estão sim influenciando o que eu sou.
Se o lugar é santo, posso e devo tirar os calçados, com vários significados. Primeiro posso pensar que se esse lugar é santo posso andar tranquilo, sei onde estou pisando, confio. Mas também em posição de humildade, de quem reconhece, venera e respeita o mistério, de quem reconhece a fraqueza da criatura diante da grandeza de um Deus que me ama, e me convida a estar perto Dele, e porque ama sempre quer se revelar, não deseja ficar escondido. Agora não mais pela figura da sarça ardente, mas revelando seu rosto na pessoa de Jesus, o verbo encarnado.
Esse é o convite do Queremos Deus de 2019, tirar as sandálias e corajosamente adentrar esse lugar santo, santo porque Deus habita verdadeiramente esse lugar!
Cristiane Liberato - Missionária Consagrada Arca da Aliança
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