Pequenas flores são conhecidas por perfumes doces e cores vivas. Neste grande jardim que chamamos de mundo e por onde estamos peregrinando para, sobretudo, aprender a amar, as “pequenas flores de Deus” são um sinal visível que apontam o caminho da santidade, exalando o bom odor do Reino dos Céus. Aqui, falaremos de um belo exemplar deste jardim, com suas pétalas brancas e azuis: Madre Teresa de Calcutá, a Santa dos pobres.
Albanesa de nascimento, adotou a cidade indiana de Calcutá como local para, sem medir esforços, ser presença da Misericórdia Divina aos mais necessitados. O título deste texto, “sou apenas um lápis nas mãos de Deus”, frase da qual Madre Teresa é autora, é o perfeito resumo de sua missão: fazer com que Amor Maior se perpetue, não apenas por vontade ou preceito, mas porque o mesmo Deus que envia em missão, caminha junto com o missionário e está presente no semblante sofrido de seu povo.
Quando se assume verdadeiramente a identidade cristã, tais atitudes, por mais extraordinárias que possam parecer, são o bom efeito colateral, o sintoma santo de se sentir amado por Deus. Esse sentimento arde no peito, onde quase que por compulsão, surge a necessidade de transbordar e o coração de um missionário sempre é chamado a sangrar primeiramente naqueles que estão mais perto de nós.
Portadora de um constante sorriso, Santa Teresa de Calcutá soube muito bem servir ao Senhor com alegria, mesmo visitando lugares e pessoas em situação de pobreza desesperadora. Fundadora da Congregação das Missionárias da Caridade, dizia às suas irmãs: “nunca esqueçam da alegria em seu coração e em seus olhos.” Até o fim de sua vida, a pequena flor azul e branca de Calcutá não só exalou o perfume Divino da Misericórdia, mas também gerou frutos que nos ensinam até hoje que ninguém é rico o suficiente a ponto de não precisar de ajuda e que nem mesmo a pobreza extrema pode impedir um coração bondoso de estender ajuda ao próximo.
Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!
Fabiano Couto Rocha,
Missão Laguna.
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