A beleza do corpo
Quando um jovem decide seguir Jesus mais de perto, toma impulso de deixar todas as coisas, e pensa que com isso deva jogar fora sua juventude, sua beleza, seu vigor, sua alegria. E mais: passa-se às vezes pela negação do próprio corpo. Mas nossa fé cristã parte desta grande verdade teológica: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”! O próprio Deus fez-se corpo no corpo de uma mulher. Em Jesus, Deus amou nossa carne, assumiu-a, fazendo-a sua e santificou-a. A Encarnação foi o caminho que Deus escolheu para chegar à humanidade e fazer história conosco.
O corpo que temos é a linguagem, manifestação de nossa interioridade e de nossa beleza mais profunda. Uma beleza que não aparece nas capas de revista, mas que resplandece com naturalidade num coração que descobriu uma Beleza maior. Nosso corpo é a carta de apresentação daquilo que somos, é o espaço das nossas vivências emocionais, da manifestação da nossa sexualidade, é o lugar histórico do tempo vivido, das decisões que tomamos e das lutas que enfrentamos.
Numa sociedade culturalmente hedonista como a nossa predomina o clima erotizado e irracional nos mais variados níveis das relações humanas, sufocando o verdadeiro amor que grita dentro de nós.
Falar de castidade é falar da vivência integrada de nossa afetividade e sexualidade e não da negação dessas coisas em nós. A sexualidade em nós deve ser bem orientada, pois ela pode ser uma força de integração, um caminho para o nosso crescimento pessoal. Contudo, não podemos negar a existência de uma força contrária que pode desembocar em mecanismos desintegradores. É por esse motivo que para uma sadia convivência entre homens e mulheres, na sua maioria jovem, é necessário amadurecer nossos relacionamentos na maneira de vestir e de andar, de dançar e se expressar, nas amizades, na forma de vivenciar um namoro, etc.
Tudo isso diz respeito à maneira como habitamos a própria história. A castidade trata-se de um caminho de liberdade para construir-nos e não de escravidão dos próprios impulsos e sentimentos. A Igreja nos ensina que, independente do estado de vida que abraçamos: matrimônio, sacerdócio ou celibato a virtude da castidade não se limita a evitar as faltas indicadas; ela tem ainda exigências positivas e mais elevadas. A castidade é a veste com a qual os jovens podem se tornar mais belos, uma virtude que marca toda a personalidade no seu comportamento, tanto interior como exterior. Não tenhamos medo de apresentar ao mundo a verdadeira Beleza através de nosso testemunho na arte e nas diversas formas de viermos nossa juventude.
Larissa Fernandes Menegatti
Missionária Consagrada Arca da Aliança
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