Fazia mais de um ano que eu não tocava o meu violão, literalmente. Eu havia comprado um encordoamento novo para tocar umas músicas no dia do meu casamento. A primeira corda arrebentou dias após cumprir sua missão (fazer uma noiva linda chorar e rir ao mesmo tempo de emoção). Não a substitui. Estava ocupado com a tal vida de casado.
Há alguns dias fui convidado para tocar umas músicas em um momento de oração para um grupo pequeno. Eu pensei: "por que não?" Comprei cordas novas, coloquei no instrumento, e comecei a ensaiar as músicas. Não consegui tocar por meia hora. As pontas dos dedos ardiam por conta das cordas.
Mas eu tinha que continuar, para conseguir dar conta de tocar. Esse foi o preço pelo tempo que estive parado. Além da dor nos dedos, tinha que aceitar o fato de os acordes não soarem tão bem, de ter esquecido alguma coisa aqui e ali
Se eu não quisesse passar por essas dores teria que aceitar o fato de não mais tocar.
Todos nós, de alguma maneira temos que passar por esse tipo de experiência, na vida pessoal, na vida profissional, nos estudos. Onde você sente a dor do movimento hoje?
Todo movimento traz consigo algum tipo de dor, seja física, psicológica ou espiritual. Se você não quiser experimentar a dor, tem que se conformar com a estagnação. Com a inércia.
Rogério Krüger Junior – Missionário Consagrado Comunidade Arca da Aliança
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