No livro: “Cruzando o limiar da esperança”, de São João Paulo II, ele cita um autor que afirmava perceber quando um homem poderia ser mais santo e mais sábio pelo tempo que conseguia se manter em seu “quarto”, em seu “aposento”. Entende-se aqui como o lugar da sua quietude, que compreende tanto o espaço físico como o espiritual, ou até mesmo uma atividade cotidiana que ajude a recolher os sentidos.
Talvez aqui se tenha uma resposta para o tempo atual: examinar tudo quanto tem nos feito dispersar, desde o que parece de mais honesto até o mais profano. E eliminar com radicalidade o que nos tira a “visão do Cordeiro”.
Por outro lado, percebermos o que mais pode nos aproximar do sagrado. Quem sabe, precisamos retomar o caminho de algum bom costume, como, por exemplo, um trabalho manual que nos dê prazer, um cuidado com pequenas coisas: uma planta, um animal, um artesanato, ou quem sabe passar mais tempo na cozinha, fazendo o que gostamos para os outros, quem sabe ouvir um pouco de música menos ruidosa, algum hobby preferido que nos ajude a encontrarmo-nos conosco mesmos e que não temos dado mais tempo a essas coisas.
Diác. Elias Dimas dos Santos – Fundador da Comunidade Arca da Aliança.