O diálogo é uma das partes fundamentais de qualquer relacionamento. Mas, principalmente, o relacionamento de um casal. O grande problema é que nós estamos cada vez mais propensos a não querer mais escutar. Queremos responder rápido. Acostumados à rapidez de internet, do Google, que não espera nem terminarmos de digitar e já começa a dar sugestões. Nós não somos o Google, nem a Cortana, nem alguma outra dessas. Nós somos pessoas e precisamos ouvir e sermos ouvidos. O diálogo não consiste em saber responder, mas principalmente em saber escutar. E isso significa dedicar tempo ao que nos está sendo dito, significa manter contato visual. Devemos mostrar que estamos atentos ao que a outra pessoa tem para dizer. Largar um pouquinho o celular, desligar a TV, abaixar o volume do rádio do carro. Ouvir, não interromper, esperar o outro terminar. Mostrar que entendi o que foi dito, mostrar que me importo, que compreendi a alegria, a indignação, a tristeza. Mostrar empatia. Me por no lugar. Acolher. E o que é muito importante, dar a minha opinião apenas se isso me for solicitado. Geralmente não é a opinião que está sendo pedida, mas sim o ouvido. Sim, que alguém ouça o desabafo, que acolha as lágrimas, que ofereça um lenço, um abraço, um colo. Escute. Escutar é amar. É estar presente.
No começo pode parecer difícil, nós começamos a escutar e parece que já temos a resposta para todos os problemas do outro, parece que é tão simples o que ele ou ela deve fazer. Mas façamos o esforço de calar, de ouvir, balançar a cabeça afirmativamente, mostrar que estamos ali, estamos ouvindo. Apenas isso. É o suficiente. Funciona. Vai por mim!
Rogério Krüger Junior – Missionário Consagrado Arca da Aliança
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