Querida irmã e querido irmão, neste mês, no dia 14 de setembro vivemos em nossa Igreja a celebração da belíssima festa da Exaltação da Santa Cruz.
Sem dúvida a cruz é um dos, e por que não dizer, o mais conhecido símbolo de todo o planeta, é dentre todos os sinais cristãos o mais difundido, mas infelizmente ainda não tão compreendido.
A cruz representa para nós duas realidades, a primeira “a derrota”, sim, não podemos negar que exista um tanto de derrota, dor, abandono, sofrimento na cruz, que é a sua dimensão natural e humana.
Na crucifixão, humanamente, Jesus perdeu, seu plano de ensinar o amor teria, na cruz aparentemente falhado, pois com pouquíssimas exceções, que foram somente aqueles que estiveram aos pés da cruz com a Virgem Maria, todos os outros, ou tiveram medo e fugiram ou demonstravam horror e até mesmo ódio por Jesus.
É nesta realidade que a cruz se apresenta para nós, como derrota, como sofrimento, e por vezes, nós ficamos nesta dimensão da cruz e ali nos deixamos ser esmagados pelo peso do madeiro. Esta realidade por si só não seria suficiente para exaltarmos a cruz.
No entanto, esta não é a única realidade da cruz, a segunda realidade é justamente a da vitória, e é por haver vitória que celebramos esta festa da Exaltação.
A fé que temos da vitória de Jesus sobre a morte, torna a cruz não mais uma “derrota” e sim faz da cruz um instrumento para a salvação de cada um de nós, pois sem cruz não há como seguir Jesus e abraçar a salvação “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23).
Não que a certeza da salvação para aqueles que aceitam a cruz faça com que ela deixe de ter aparência de “derrota”, possivelmente ela sempre vai se apresentar para nós como derrota, mas para aqueles que crêem e buscam refúgio em Jesus, o que antes era somente dor se torna experiência de amor.
Exaltemos a Santa Cruz de Jesus e vivamos com humildade e esperança diante de nossas cruzes do dia a dia, pois está reservado para aqueles que caminham com Jesus a coroa incorruptível da qual Paulo está certo de que receberemos (cf. 1Cor 9,25), pois corremos com destino certo, Jesus Cristo crucificado e vencedor sobre a morte.
Missionário e seminarista Ramon Frugoli.
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