O corpo reage
Estamos vivendo um tempo de busca desenfreada pela satisfação pessoal, pela estabilidade financeira. Somos empurrados e acabamos nos envolvendo pela rotina que impomos a nós mesmos. Porém, este exercício diário na busca pelo fazer está levando muitas pessoas a desenvolver um processo emocional que se tornou comum nos dias de hoje.
A resposta biológica e comportamental para lidar com esse desequilíbrio interno produzido sobre o nosso estado emocional é o que denominamos estresse. O estresse é o principal agente desencadeador do chamado Transtorno do Pânico.
Durante as crises de Pânico, a pessoa sente como se estivesse com algo muito errado em seu corpo, pois este se comporta de modo muito "estranho", "louco", porém os exames clínicos não apresentam nada de anormal com seu organismo. O organismo da pessoa com crise de Pânico responde a um aparente "alarme falso", e o corpo reage como se estivesse frente a um perigo extremo, porém não há nada visível que possa justificar esta reação. Há um estranhamento e um grande susto em relação ao que é sentido causando reações de ansiedade frente às sensações do próprio corpo.
Muitas pessoas para conseguir lidar com tantos sofrimentos acabam restringindo a sua vida limitando toda forma de estímulos para tentar evitar que a sensação volte. As pessoas passam a evitar lugares, atividades como subir escadas, sair de casa, fazer esforço deixando de viver experiências que começa a comprometer a sua vida pessoal e profissional.
A Síndrome do Pânico é um transtorno psicológico caracterizado pela ocorrência de inesperados ataques de pânico e por uma expectativa ansiosa sobre a possibilidade de ter novos ataques.
Ataques ou crises de pânico - consistem em períodos de intensa ansiedade, geralmente com início súbito e acompanhados por uma sensação de catástrofe iminente. A frequência das crises varia de pessoa para pessoa e sua duração é variável, sendo geralmente de alguns minutos. A partir desta reação inicial de ansiedade, surge na mente da pessoa uma série de interpretações negativas sobre o que está ocorrendo, sendo muito comuns alguns pensamentos catastróficos como o de que a pessoa está perdendo o controle, vai desmaiar, está enlouquecendo ou que vai morrer.
É fundamental para compreender esta reação emocional a busca pelo equilíbrio, pois precisamos dar um tempo para cada coisa. O ser humano não foi criado para o mundo, mas o mundo que foi criado para o ser humano. Ainda não nos damos conta de que o trabalho é Dom de Deus e temos como recompensa o descanso. Parece que o descanso tornou-se algo supérfluo nos nossos dias e por consequência flagelamos e violentamos nosso corpo fragilizado e desgastado pelo trabalho que não gera frutos saudáveis.
“Pensai bem em vossos caminhos! Semeastes muito e colhestes pouco...” (Ageu 1,5-7)
Psicóloga Maria Lúcia Lehm
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