“O coração (tabernáculo da afetividade) simboliza a pessoa em sua integralidade” Alice Von Hildebrand.
É próprio da mãe, mulher, uma vida dotada de sentimentos e intuições. Nós temos essa capacidade de intuir o mundo, as pessoas e as situações.
A sensibilidade é algo natural do feminino, nascemos com ela, foi concedida gratuitamente. Sentimos o ambiente e as pessoas de forma particular. Nosso coração não acolhe somente uma situação, ele abarca-se das relações geradas. Elabora dores, alegrias, sofrimentos e sente.
É um faro, algo que transcende nossa inteligência. É a mulher que por capacidade herdada sente quando precisa ajudar alguém, percebe no silêncio do esposo uma preocupação e na distância de um filho a necessidade de acolhimento.
Mas, a mesma autora adverte: “O caminho da santidade para a mulher está claramente em purificar a sensibilidade que Deus lhe deu e guiá-la pelas vias adequadas. Ela deverá lutar contra as lágrimas falsas e rezar pelas lágrimas de santidade – lágrimas de amor, de gratidão, de contrição”.
Em contrapartida precisamos cuidar com a tentativa de um estereótipo masculino. Nesse momento de negação fechamos nosso coração e impedimos que o que é natural seja fortalecido.
Não precisamos ter medo dos nossos sentimentos, de desejar um coração aquecido, de ser inflamada de amor e doçura. Mesmo que isso nos custe por vezes noites em claro, dores de cabeça, preces constantes, e preocupações.
Existe forma de gerar um lar sem dor e oferta? Impossível, tudo passa por nós. Mas existe sim, forma de gerar e sentir com alegria, entrega e confiança que esse coração sensível foi feito para amar, servir e sentir.
Priscila Schofer Duarte
Missionária Consagrada Arca da Aliança
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