Você já leu ou ouviu aquelas advertências do Ministério da Saúde contra o cigarro? Meu caro amigo, além do cigarro, o Ministério da Saúde também adverte: guardar rancor, ódio e ressentimento faz mal à saúde do corpo e da alma! Estudos científicos comprovam que uma pessoa que alimenta rancor, ódio, ressentimento e mágoa têm tendências a contrair doenças graves, como o câncer. Não necessariamente que todas as pessoas que possuem determinadas doenças, tenham esse perfil. Mas uma grande maioria se enquadra nele. O perdão é um ótimo recurso para uma vida saudável também nos nossos relacionamentos. Uma vez que somos seres relacionais, é impossível nos realizarmos como pessoa, se não soubermos construir relacionamentos fraternos. Eles criam sadias estruturas em benefício do indivíduo e da comunidade.
É horrível quando vivemos sempre devendo alguma coisa aos outros, assim como quando alguém nos deve alguma coisa também. O clima fica pesado, fora e dentro de nós. Por esse motivo o Evangelho nos ensina a oração de Jesus que nos compromete a uma nova práxis, de modo que as relações possam fluir e não sejamos mais reféns da culpa e nem da condenação.
Uma via para alcançarmos este salutar recurso é a celebração do Sacramento da Reconciliação, que possui um valor pedagógico, uma experiência da graça, tanto para o presbítero, quanto para o penitente. Uma vez que nestas celebrações o presbítero tem a oportunidade de mergulhar no coração humano, em seus abismos obscuros, podendo experimentar a força da misericórdia divina sobre o pecado, capaz de renovar todas as coisas (Ap 21,5). Por outro lado, o penitente é educado no exercício do seu exame de consciência, a olhar-se e confrontar-se profundamente consigo mesmo na sua realidade de criatura sob o olhar misericordioso do Pai que sempre está de braços abertos a nos acolher.
Uma frase popular afirma que errar é humano, mas perdoar é divino. Não porque perdoar seja esquecer. Mas, exatamente porque o ato de perdoar é mais que um sentimento, é uma atitude nobre e madura, a qual exige de nós grandeza de alma, capacidade de recomeçar e reconstruir uma nova história. Tal gesto possui um caráter de ressurreição, porque traz para aquele que se abre ao perdão uma vida nova.
Larissa Fernandes Menegatti
Missionária Consagrada Arca da Aliança
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