Vivemos um grande desafio como pais para identificarmos e administrarmos o nosso tempo com os filhos.
Posso, como mãe, responder e até reconhecer que, após o nascimento, é necessário estar de forma integral com eles. É como se tudo em nós se voltasse para eles, que, totalmente dependentes, absorvem 100% da nossa atenção.
Após esses primeiros anos de vida, começam a se tornar independentes em muitos aspectos, como: andar, comer, explorar coisas novas, enfim dia após dia se tornam independentes e é aí que passamos a dividir o tempo com eles com muitas outras coisas. Até aí tudo parece estar normal, mas num determinado momento desse desenvolvimento, voltamos a nos questionar: Quanto tempo por dia devo estar presente com os meus filhos?
Eis aí o grande desafio, identificar o tempo de estarmos juntos, o brincar, o fazer uma tarefa, o ler um livro, fazer uma caminhada, participar de um jogo, reconhecer que cada fase exige um tipo de presença e como pais estarmos sensíveis a esta necessidade que, por hora, não é somente deles, mas nossa também.
Aqui destaco não somente uma presença marcada por estar junto deles, devido a outras necessidades, mas sim participar, se envolver, mesmo que por hora necessitem dar respostas pessoais. Isso implica deixarmos livres, quando necessário, para dar passos rumo a um desenvolvimento natural que a vida nos exige.
Uma experiência vivida neste ano no aniversário dos meus filhos, um de dez anos, outra de seis e outro de três anos; como fazem aniversário um na sequência do outro, combinamos uma única festa e resolvemos junto com eles trazer, cada um, os seus amigos e adaptar brincadeiras conforme as idades, ou seja, no dia da festa: pulamos corda, brincamos de acertar a bola no alvo, mata soldado, pega-pega, boneca e casinha para as meninas, carrinho... Enfim os pais iam chegando com as crianças e eles mesmo iam chamando para as brincadeiras. Foi uma tarde maravilhosa, as crianças saíam encantadas dizendo ter sido um dia muito feliz, outras surpresas por verem os adultos brincando como crianças.
Sabemos que nem sempre é fácil sair de nossas rotinas exaustivas para estarmos inteiros com eles. Cada fase exige disponibilidade e criatividade. O importante é reconhecer que, quando damos qualidade a esses momentos, respondemos as necessidades deles e também às nossas. Como pais tornamos nossas rotinas mais leves dentro de uma amizade, que torna os nossos filhos mais livres e responsáveis para a sociedade atual.
Para isso é importante muito diálogo familiar, buscarmos bons livros, profissionais que nos auxiliem, cursos e experiência vividas, para que esta jornada aconteça de forma natural e gere qualidade de vida às nossas famílias.
Luciana Borges de Lima – Missionária Consagrada Arca da Aliança
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