Será que eu me amo?
Falar de amor não é difícil, mas quando a pergunta é: “será que eu me amo?”... Aí sim, então, falar de amor torna-se uma tarefa delicada. A maioria de nós compreende o que significa amar outra pessoa. Nós fazemos de tudo para alimentar nosso amor pelos outros. Mas e quanto a amar a nós mesmos? Esse pode ser um conceito e uma tarefa estranha para muitos.
O amor para mim é muito significativo e sempre que tenho a oportunidade digo que, uma pessoa que passou por esta vida e nunca amou é porque não viveu na sua totalidade. Mas quanto a mim, posso sem dúvida nenhuma dizer o quanto eu me amo e há várias formas de se amar.
Senti que me amo quando assumi meus projetos de vida, situação que me libertou do compromisso com o racional e me fez mergulhar fundo no conhecimento sobre o comportamento humano. Encantada e radiante sinto que minha criatividade foi aflorada, vindo a ampliar meu horizonte tornando-o mais iluminado.
Consigo olhar para mim mesma e perceber que hoje em dia, dedico o meu tempo e a minha energia ao trabalho com que sempre me identifiquei. A sensação é incrível quando você descobre: “nasci para fazer isto”. E não importa se os cabelos já embranqueceram, então eu digo que isto é se amar mesmo.
Porém, não sou ingênua o suficiente para admitir que com a emancipação das mulheres, todas de um jeito ou de outro estamos pagando o alto preço pelas nossas conquistas. Trocamos a estabilidade e a segurança pelos riscos e conflitos das nossas escolhas e descobrimos que muitas vezes é difícil assumir a resposta pela tão sonhada liberdade. Mas o meu julgo tornou-se mais leve, pois percebi que a tal da liberdade está transfigurada em Jesus Cristo, nosso mártir maior e não só nas coisas abstratas e materiais.
Eu estou me amando porque descobri também que sou uma mulher madura e livre, respeitosa e seletiva. Digo isso porque, o que distingue a mulher madura da imatura é a sua capacidade de reagir sem medo de errar. Aquela que pode se sentir livre e emocionalmente equilibrada, não buscando em outras pessoas do seu convívio pessoal a afirmação da sua própria imagem. Sua identidade não é dada pelo outro!
Portanto, seja qual for sua aspiração para a vida, o amor que espera receber ou encontrar, os desejos do seu coração, seja você tão grande quanto, ou ainda maior, do que tudo aquilo que almeja na vida. Confie em você e busque, sem pensar em possíveis derrotas, pois o pensamento em Deus é a energia que garantirá a sua conquista. Como podes perceber eu respondo com um grande SIM a pergunta desse título, e você?
Eliane de Souza Rafael
Psicóloga Clínica
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