A Autonomia é a habilidade de controlar e tomar decisões pessoais.
Ser independente é executar as funções relacionadas à vida diária, os cuidados
pessoais com a própria pessoa.
A autonomia na velhice é o desejo de todos. Aos mais jovens é fácil entender e viver essa liberdade das vontades quando temos o vigor físico e força mental, mas com a idade avançando e os déficits chegando, sente-se no corpo que precisamos bem mais que apoio físico: precisamos que nossa vontade seja acatada.
A viuvez para muitos é momento de deparar-se com a retomada de atividades
que antes era dividida e que agora, estando sozinho, devo enfrentar. Nesse momento, homens e mulheres, solteiros ou sozinhos, necessitam também de ajuda, principalmente na longevidade solitária.
Muitos que estão sozinhos nem sempre se sentem solitários, estando ocupados na vida social e comunitária, sem tempo para a solidão. As incapacidades e necessidades são transformadas por uma energia especial: a partilha do amor e bem querer.
"Muitas vezes a dependência física é confundida com perda de autonomia": essa citação exige de nós um esforço contínuo de aplicabilidade, porque posso estar fisicamente debilitado, mas caberá a quem me cuida zelar pela minha vontade. Quando estou com meu "juízo" perfeito devo escolher minha casa, minha roupa, meu perfume, cuidar do cabelo, gastar meu dinheiro.
"O fato de outras pessoas ajudarem nas necessidades físicas de uma pessoa não significa que ela não possa exercer sua autonomia de decisões". Se perdemos o domínio sobre nossa vida, acontecerão consequências negativas para a saúde física e mental, pois nada mais faz sentido à minha vida quando não tenho desafios e vontades.
As orientações técnicas para o cuidado de idosos nos pede que evitemos que os maiores de 80 anos fiquem sozinhos ou que residam isoladamente porque quase sempre ocorre:
1- diminuição da capacidade funcional que os deixam fragilizados com tendência a quedas e lesões;
2- presença da desnutrição advinda da dificuldade de elaborar alimentos mais nutritivos;
3- tristeza e depressão pelo isolamento e falta de estímulos;
4- aumento e risco potencial de assédios e exploração.
Tenhamos um novo desafio a cada dia e assim teremos maiores chances de manter-nos independentes por mais tempo. Com bons relacionamentos pessoais e sociais teremos sempre a presença de pessoas para tornarem nossa vida mais acolhedora.
Dr. Reginaldo Cardoso - Geriatra
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