É com imensa alegria que eu, Alessandra de Souza, venho partilhar sobre uma irmã querida, uma missionária, uma jovem de coração inquieto, nossa Maria Isolina.
Quem não conhece aí o “Oh Glória!” do Arca em sua Casa? Durante muitos anos, a Isolina fez sua missão através das ondas da Rádio, nos animando nas manhãs, alegrando nossas vidas, pedindo para que abríssemos janelas, picássemos a cebola bem picadinha, tantos conselhos que nos faziam refletir durante as manhãs.
Quero partilhar um pouco da missão desta irmã, a qual convivi durante muitos anos e aprendi muitas coisas do coração dela. Trarei um escrito, uma oração que ela rezava em terras longínquas, em Minas Gerais, num lugar muito simples, em uma missão na roça. Onde ela passava uma semana missionária, como a Arca faz aqui em Joinville, Blumenau, em tantas cidades onde estão os nossos missionários.
E esta irmã, nos últimos dias de vida, fazia esta oração a Jesus:
“Meu Jesus eu te encontrei em muitos rostos pobres, sofridos, alegres, simples, sem muita esperança. Te encontrei em lugares onde não vão Te buscar. Te encontrei no idoso abandonado, no alcoólatra, no doente, no deficiente físico. Meu Deus, sou tua esposa, me levastes para os melhores lugares, me alimentastes bem, me destes tudo, até doação. Muito obrigada, agora eu te amo mais ainda, Jesus. Te encontrei no sacerdote, na força de uma mulher e descansavas na humildade de uma serva. Te encontrei na doçura e na ternura de uma jovem, meu Amado, e no sorriso de uma criança, de muitas delas. Também te vi no jovem que tem expectativa de lutar. Encontrei-te, enfim, no profundo do meu ser, quando obedeci sua voz: 'Eis que venho!' . E também no olhar de Maria: 'Fazei tudo o que Ele vos disser!'. Conserva em mim, Jesus, a oração profunda. Que eu persevere no Teu olhar que me ressuscita de mim mesma. Meu Amado, eu te amo!
Sou tua
Maria Isolina”
Para que reflitamos sobre esse escrito de Maria Isolina, tenhamos o olhar fixo no olhar de Jesus e peçamos a Ele que nos leve a nos encontrar com Ele nos corações daquelas pessoas que passam por nós todos os dias.
Quem é a pessoa do outro para você? Para mim? Quais são as pessoas que todos os dias se encontram conosco?
Maria Isolina estava em missão. Mas o nosso trabalho é uma missão. O seu estudo é uma missão. Nós devemos estar em atitude de missão, sempre em atitude de levar Jesus ao outro e também de encontrar Jesus no outro.
Isolina, ao ver pessoas frágeis e debilitadas, como ela relata nesta oração, era sempre um encontro com Jesus na sensibilidade de coração.
Peçamos a Jesus esta sensibilidade de coração, assim como Maria Isolina, que executava sua missão porque era sensível à escuta do seu Amado.
Alessandra de Souza – Missionária Consagrada Arca da Aliança
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