Um texto que traria à memória é o de II Tm 3,14-17, onde Paulo afirma que: toda Escritura é inspirada por Deus, útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça, e diz mais: por ela o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda a boa obra. Portanto, quando falamos que nossa capacidade vem de Deus podemos dizer: ela vem pela Palavra quando é aplicada na vida daquele que a lê com diligência e vontade reta. A Igreja, ao longo dos séculos, e ainda apoiada na tradição judaica, confiou aos fiéis vários meios e métodos para que o nosso contato com ela seja fecundo e frutuoso. O mais conhecido e talvez o mais antigo, que remonta a era dos Padres da Igreja, é a “Lectio Divina”, a leitura orante que não tem um fim investigativo, nem científico, mas é puramente um fim espiritual que me colocou em contato íntimo com Deus e comigo mesmo. Alguns chamam de escada espiritual dos monges que consiste em ler, meditar, orar e contemplar o texto da Bíblia em questão para daí tirar como que o “néctar da flor”, o alimento espiritual para o meu dia a dia, sem o qual não há crescimento na vida espiritual.