[...] Devemos viver esta primeira etapa do ciclo pascal, recordando o aspecto peculiar deste tempo litúrgico, tanto para toda a Igreja, como para nossa espiritualidade que são o jejum, a esmola e a oração. As demais coisas advêm destas três.
Ao jejum podemos associar a kênosis de Cristo, o esvaziamento, a renúncia ao sensível, ao supérfluo, ao superficial. Enfim, em todos os sentidos abrirmos espaço para a entrada de Cristo em nós.
Com a esmola buscamos o desapego das coisas, o desprendimento. Como já diziam os Padres da Igreja, só me pertence aquilo que dou para o outro: a esmola da caridade, do tempo, da atenção recíproca.
Com a oração podemos medir nossa intensidade de amor para com o Senhor. Pois quando amamos lembramos constantemente daquilo que é objeto do nosso amor. A oração é o estreitamento dos nossos laços de amizade para com Ele, único esposo de nossas almas. [...]
Fonte: Carta do Fundador – Palavra e Presença Ano XI | Nº 70 | Março 2010