Nosso Carisma de ser “Sinal da Presença de Deus” se realiza a partir de um profundo e incondicional amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, e de um profundo e incondicional amor aos irmãos, oferecendo a cada um uma amizade e um amor desinteressados, tal qual aquele amor que de Deus recebemos gratuitamente, ao ponto de esvaziar-se a si mesmo para dar-se a nós, gerando os frutos de uma “fraternidade reparadora”, para restaurar a aliança de amizade do homem com Deus e dos homens entre si (Fl 2,5-11).
Esse era também o sentimento de Santo Agostinho, que em sua regra, baseado em Atos 2,42, repete o tempo todo: “É para que vivamos concordes que o Senhor nos reuniu em comunidade”. “A multidão dos discípulos era uma só alma e um só coração” ao ponto de formar um “monos”, um só com Deus e um só com o irmão. Creio que por essa via realizar-se-á mais perfeitamente nosso Carisma de reparação, centrado em Jesus vivo, porém, a via de acesso é o irmão.
E aqui entra mais uma vez Santo Agostinho, que explicando para os seus o primeiro e o principal mandamento, dizia que na ordem do ser, o amor a Deus é em primeiro lugar, na ordem do agir, o amor ao próximo é o primeiro.
Fonte: Carta do Fundador – Palavra e Presença – Ano VII | Nº 33 | Agosto 2006